sábado, 23 de novembro de 2019

Sempre-viva, flor. Sempre vivo, o amor.

Eu não sei o percurso que elas tiveram até chegar em minhas mãos, mas sei que comigo elas passaram por Salvador, Camaçari, até chegarem ao Rio de Janeiro e aqui no Rio, já estando em minha casa, sofreram um ataque do meu cachorro. Mas elas, essas florezinhas da foto, permanecem vivas. Resolvi escrever um pouco sobre esse trajeto percorrido por elas e como eu tenho visto, através dessas flores sempre-vivas, características do amor que sempre está vivo. 


Primeiro, elas permaneceram vivas, apesar das distâncias percorridas e da forma que foram transportadas, dentro da minha mochila. Em Salvador, eu as carreguei na minha mão, mas para as distâncias maiores, elas foram transportadas dentro da minha mochila e com isso algumas florezinhas caíram... Tenho pra mim que a distância não acaba com o amor, mas quando sufocado ele pode ir se desgastando, as poucos ir se perdendo, nem sempre “todo amor” sobrevive. 


As distâncias foram longas, mas o tempo dentro de uma mochila fechada não foi tão longo assim... a maioria das flores permaneciam vivas. Então, na minha casa, elas foram atacadas pelo meu cachorro. Foi um ataque externo, mas a falta de cuidado foi minha, pensei que elas já estavam seguras e as deixei só no meu quarto. 


O mais interessante deste episódio foi que eu as deixei no meu quarto, enquanto fui olhar meus girassóis que estava começando a desabrochar. Pra mim, os girassóis precisavam mais da minha atenção e eu não os via desde que tinha ido à Salvador. 


Mas o que isso tem a ver com o amor? 

Às vezes pensamos que o amor já está bem alicerçado, seguro e nem sempre lembramos que precisamos cuidar e continuar cultivando o amor que já cativamos. Uma pequena distração junto com ações externas podem “destruir” o amor que já está alicerçado, mas continua sendo frágil e necessitando de cuidados. 


Muitas florezinhas foram destruídas e, se o tempo de minha ausência fosse maior, talvez todas tivessem sido destruídas...  O amor é forte, resistente, mas não se ausente por muito tempo, ele também precisa de atenção.
Das flores que sobreviveram nem todas ficaram intactas, algumas ficaram marcadas por esse percurso turbulento que passaram, mas permanecem vivas. 

O amor, às vezes, sofre, carrega marcas, mas as cicatrizes também servem pra mostrar que apesar das dores, houve cuidado e o que antes doía, hoje já não dói mais, passou e o amor sobreviveu. 


Você acha que depois disso tudo que essas flores passaram, se eu as deixar perto do meu cachorro, elas vão ficar bem? Se eu as deixar esquecidas por um tempo indeterminado dentro da minha mochila, elas vão sobreviver?  


Elas são sempre-vivas, mas continuam precisando de certa atenção e cuidado... Imagine o amor! 

 


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