Sabe aquele lance de primeiro amor?
Aquela paixão inicial, uma vontade inexplicável de estar perto seja pra falar, ouvir ou apenas estar junto. Olhar nos olhos, tocar as mãos, abraçar... O tempo parece parar e ao mesmo tempo as horas passam parece que voando.
Eu lembro-me de quando eu
descobri o amor, a essência do Amor, um amor tão grande que eu não conseguia
entender.... Eu queria conhecer melhor Aquele que tanto me amava, queria
conversar: falar do meu dia, compartilhar meus momentos, contar meus segredos. Eu
queria tornar-me mais íntima Dele, os anos passaram e assim foi.
Eu sei que agora não vou voltar mais ao tempo inicial, no qual eu não sabia nada, tudo era novidade, eu nem O conhecia direito. Eu sei também que com os anos o amor, aquele primeiro amor, corre o risco de cair no comodismo. O olhar nos olhos, o tocar das mãos e até mesmo os abraços podem acabar tornando-se rotineiros... Deixam de ser novidades.
E eu não quero ficar marcada como a igreja de Éfeso, aquela que deixou o primeiro amor. Não quero apenas me acostumar com Seu jeito de me surpreender e com Sua forma sobrenatural de agir. Não quero apenas encher-me de atividades e acomodar-me com uma vida rotineira.
Eu quero sentir meu coração acelerar. Eu quero todos os dias ouvir-Lo, ainda que seja no silêncio. Eu fui constrangida pelo Seu amor e diariamente eu continuo sendo constrangida pelo Seu amor. (Pois o amor de Cristo nos constrange – 2 Coríntios 5:14a )
Sabe aquele olhar apaixonado que é vislumbrado no primeiro amor?
Ele ainda existe... E hoje meus olhos brilham ainda mais!
As experiências que eu tenho vivido com Ele têm feito aquele amor inicial crescer... E eu nem sabia que era possível. Hoje eu O conheço melhor e ainda assim há muito sobre Ele que eu ainda não sei. Não existe rotinas!
Ele continua me surpreendendo, o Seu agir é sempre inovador pra mim, todas os dias Ele tem novidades para nos apresentar e Ele é tão incrível que age de forma diferenciada com cada um de nós...
Nós fazemos rotinas, nos enchemos de atividades, tarefas... e Ele continua sendo o mesmo, continua sendo Deus.
Hoje meu desejo é viver o amor inicial que me move a buscá-Lo, conhecê-Lo mais, aquele amor que fez meus olhos brilharem... Mas eu também desejo viver esse amor que tenho construído, alimentado durante anos, um amor que é movido pelas certezas construídas nesse caminhar e não apenas por emoções inicias.
Eu quero viver o amor inicial, o amor construído, o amor eterno... Eu não quero perde-los, pelo contrário, eu quero acrescentá-los um ao outro!

Pois os nossos dons de conhecimento e as nossas mensagens espirituais são imperfeitos.
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é imperfeito desaparecerá.
Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança.
O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus. (1 Corítios 13: 8-12)